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De vozes silenciadas a protagonistas: a revolução da representatividade.

  • Foto do escritor: Raquel Jesus
    Raquel Jesus
  • 23 de fev.
  • 2 min de leitura

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Quando falamos sobre representatividade, percebemos o quão amplamente discutido o tema tem sido. É de conhecimento geral que nós nos entendemos e nos representamos com base em certas características que consideramos essenciais. Quando encontramos essas mesmas características em outra pessoa, ela passa a representar, de alguma forma, quem somos. Isso nos ajuda a construir nossa identidade e a criar conexões com os outros.

Nos últimos anos, pessoas dos mais diversos gêneros, etnias, idades e orientações sexuais têm se manifestado sobre a forma como vinham sendo representadas ou subrepresentadas no mundo, e no mercado de comunicação e audiovisual não é diferente. Tais manifestações se intensificam especialmente quando olhamos para os cargos de liderança e tomada de decisão. A exemplo disso temos os dados do estudo realizado pela Heads Propaganda em parceria com o Grupo de Estudos de Novas Narrativas (GENN) da UERJ que revelou que apenas 4,7% dos cargos de liderança em agências de publicidade são ocupados por negros.

Essa subrepresentação de grupos minorizados no mercado de comunicação brasileiro acende um alerta e provoca um questionamento crucial: Por que a publicidade brasileira insiste em ignorar a diversidade que compõe a maioria da população?

A pressão pública, aliada a movimentos sociais, têm forçado o mercado a reavaliar suas práticas, incluindo a implementação de cotas de diversidade em suas contratações. No entanto, apesar desses avanços, os desafios persistem. Para além dos trabalhos estereotipados que refletem uma visão estreita e homogênea da sociedade, profissionais pertencentes a grupos minorizados denunciam os abusos e crimes cometidos por seus colegas, superiores e pares.

Um exemplo notável dessa denúncia coletiva pode ser visto na "Planilha das Agências", onde relatos pessoais e anonimizados são compartilhados por profissionais do setor.  As histórias presentes nessa planilha evidenciam a urgência de uma mudança cultural mais profunda dentro das agências de comunicação. 


A representatividade não deve ser uma meta quantitativa, mas sim qualitativa, garantindo que as vozes de pessoas minorizadas sejam ouvidas e valorizadas. 


A Agência Metáfora surgiu com um compromisso que vai além da contratação de talentos diversificados. Nosso objetivo é criar um ambiente de trabalho inclusivo, onde todos possam se sentir seguros e valorizados. Nascemos com a premissa de que a representatividade deve ser uma prioridade em todos os níveis da organização, desde os cargos de entrada até as posições de liderança.


Na Metáfora, a comunicação é pensada como um meio de inspiração e transformação. Mais do que transmitir mensagens, ela cria conexões e abre caminhos para narrativas que refletem valores de inclusão, justiça e representatividade. Cada elemento visual e textual é concebido com cuidado, contribuindo para uma comunicação que impulsiona mudanças reais.


Nos reconhecemos como ancestrais do futuro e estamos moldando, no presente, um amanhã mais significativo. Cada ação e escolha que fazemos é intencional na construção de um mundo onde a comunicação represente e fortaleça a diversidade, a inclusão e a justiça social. Acreditamos na criatividade como uma ferramenta essencial para romper estereótipos e promover uma sociedade mais justa, equitativa e sustentável.

 
 
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